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FONTE: LINKEDIN por Ticyana Arnaud Publicado em 21 de março de 2022
* formada em Gestão de Recursos Humanos, MBA em Liderança e Coaching, Mastercoach de Carreira com 22 anos de experiência no RH. Em 2019 começou a produzir conteúdo no LinkedIn com o objetivo de realizar a sua transição de carreira. Há 3 anos atua como Mentora de Carreiras, orientando profissionais que buscam realização profissional. Em 2021 foi convidada pelo LinkedIn para fazer parte do grupo de criadores de conteúdo do Programa LinkedIn For Creators do Brasil.

Desde o início da pandemia muitos profissionais começaram a se questionar sobre a volta para a empresa. Ainda faz sentido continuar realizando esse trabalho ou estou pronta para começar algo que sempre quis?
A grande verdade é que a pandemia trouxe à tona algumas questões que antes estavam guardadas na gaveta. Se antes sentíamos necessidade de ter mais tempo para a família, para viajar ou
começar um curso novo, a reclusão forçada permitiu que tivéssemos tempo de sobra para realizar.
Quem aí nunca teve vontade de retomar uma aula de violão ou praticar sapateado? Ou ter um segundo filho sem ter que deixá-lo 100 % sob os cuidados dos outros? Infelizmente no Brasil, sair mais cedo do trabalho para acompanhar a festinha do dia das mães ainda era visto como algo negativo. Eu mesma posso dizer que se fui a duas, foi muito. Ficava de coração partido todas as vezes que precisava dizer ao Caio que não tinha conseguido sair cedo.
Se você vive numa grande metrópole como eu, sabe que todo deslocamento é sinônimo de grande engarrafamento e perda de tempo, mas se você é do interior até tem a oportunidade de sair do trabalho e almoçar em casa. Coisa rara.

Ter filhos, cuidar do cachorro, acompanhar a mãe no médico ou até mesmo praticar uma atividade física além de proporcionar uma saúde mental melhor, contruibui para a sensação que o trabalho faz parte da nossa vida e não o contrário.
Com o retorno das atividades presenciais, reiterou o desejo de muitos profissionais a fazerem uma transição de carreira para tentar manter o estilo de vida adquirido nos últimos dois anos.
Se esse foi o seu caso, o que te vem a mente?
Realizar um trabalho que além de pagar as contas te permita uma boa cochilada após o almoço? Ver a gargalhada do seu bebê e os primeiros passos? Viver uma vida mais leve e com a sensação que realmente está vivendo ao invés de passar por ela?
A transição de carreira não precisa ser dolorosa, ela pode começar a partir da ideia do que você deseja viver daqui em diante, pensando no seu estilo de vida. E é por isso que muitas vezes esse sentimento bate a nossa porta quando estamos por volta dos 40 anos, depois de passar quase 20 anos em transporte público e tendo que bater metas inatingíveis. O corpo reclama do cansaço e você começa a se sentir mais confiante para empreender. Tudo tem seu tempo certo.
O importante é você dar voz ao que está ecoando aí no seu coração. Se nesse momento, está em busca de algo que possa te trazer mais sentido, que tal se perguntar: eu quero fazer uma mudança de empresa, de carreira ou de trabalho?
Porque fazer uma transição não quer dizer jogar tudo para o alto ou brigar com o trabalho que realizou a vida toda, mas pegar toda a sua trajetória e construir algo novo, do seu jeito, com a sua cara e nos seus termos.

Quando eu decidi fazer a minha transição de carreira, fiquei meses pensando no que poderia fazer com meus 20 anos trabalhando em RH, mas me dei conta que já tinha um trabalho informal ajudando amigos na carreira deles. Sempre estava ali como uma boa ouvinte, mostrando como estava o mercado e ajudando nesse direcionamento. Eu entendi que poderia pegar todo o meu conhecimento e transformar em algo que eu amo e assim o fiz.
Já são 3 anos como empreendedora ajudando outros profissionais no desenvolvimento da carreira e de verdade, foi a melhor escolha que eu fiz.

E você, tem sentido vontade de fazer o quê?
Beijo no ♥,
Ticyana Arnaud

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